A Expresso Medianeira, empresa que opera 60% dos ônibus de transporte coletivo de Santa Maria, paralisou as atividades no começo da manhã desta segunda-feira (5). Com isso, 95 ônibus deixaram de circular e cerca de 15 mil ageiros foram afetados. A categoria exige o pagamento do reajuste salarial, já que a data-base é fevereiro. A Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) alega que percentual não é possível, uma vez que a prefeitura não reou o subsídio ao sistema de transporte. 6h6k44
Conforme Rogério Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria e Região (Sitracover), cerca de 120 funcionários, entre motoristas e cobradores, estão mobilizados em frente à garagem da empresa.
A categoria exige reajuste da inflação do período, de 4,17%, mais 6% referentes a perdas salariais durante a pandemia.
— Na época da pandemia, o trabalhador do transporte não parou, né? Naquela época, fechamos as convenções coletivas sem reajuste, reajuste zero. E hoje há uma indignação muito grande aí em relação à falta do reajuste salarial por parte da categoria - explica Costa.
Ao vivo na Rádio CDN 93.5FM, Costa disse que maior parte dos veículos paralisados atende linhas da Região Oeste de Santa Maria, como os bairros Tancredo Neves, Nova Santa Marta, Parque Pinheiro, Urlândia e o das Tropas. Segundo ele, os únicos ônibus que saíram foram os fretados para atender empresas da cidade, como frigoríficos e serviços de limpeza e higienização. Nesse caso, 20 veículos operaram normalmente.
O que diz a ATU
Em nota, a ATU diz lamentar a ação do sindicato, mas reforça que depende do Executivo Municipal para regularizar os salários. Leia abaixo:
"Lamentamos a ação do sindicato. Mas dependemos da prefeitura para resolver a questão dos salários. A prefeitura não paga o subsídio desde janeiro. Deve mais de 7 milhões às empresas"
O que diz a prefeitura
"Nestas primeiras horas do dia, a prefeitura acompanha a manifestação da empresa - e seus desdobramentos - no sentido de não haver prejuízo aos usuários, uma vez que se trata de um serviço essencial para a população. Sobre o pedido de revisão salarial, trata-se de uma convenção coletiva, sendo uma situação entre empresas e sindicato."
Fonte: BEI.