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Homem preso no RS teria planejado explodir bomba em show de Lady Gaga
05 de Maio de 2025 s 10:10
Em coletiva no RJ, Pol
Em coletiva no RJ, Polcia Civil detalhou investigao que descobriu plano de atentado | Foto: Polcia Civil/Divulgao/

A Polcia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) aponta o homem preso no Rio Grande do Sul neste sbado, 3, como o lder de um grupo extremista que planejava um ataque com explosivos durante o show da cantora Lady Gaga, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste fim de semana. O suspeito foi detido em flagrante em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, em operao coordenada pelo Ministrio da Justia e Segurana, que ainda cumpriu mandado em So Sebastio do Ca. 2x431f

Segundo a investigao, coordenada pelo Ministrio da Justia, o morador do RS seria responsvel por recrutar membros para a organizao, com o objetivo promover atentado com explosivos improvisados e coquetis molotov. Os alvos dos ataques seriam crianas, adolescentes e o pblico LGBTQIA+ presentes no show.

A ao, comandada pela PCERJ, cumpriu 15 mandados de busca e apreenso contra nove investigados, e contou com a cooperao das polcias do Rio Grande do Sul, de So Paulo e do Mato Grosso.

Em coletiva na tarde deste domingo, o secretrio de Polcia Civil do Rio, Felipe Curi, forneceu detalhes sobre os os da investigao e da operao que frustrou o atentado, batizada de “Fake Monters”. O plano previa ataques integrados numa espcie de “desafio coletivo”.

Curi classificou como planos de "ataques terroristas" os atentados a bomba planejados por um grupo de pelo menos oito pessoas. O trabalho, realizado sob sigilo, foi tornado pblico somente aps o show, segundo o delegado, para evitar pnico entre os fs da cantora internacional.

“O ttulo da investigao terrorismo. Eles estavam se articulando para fazer esse ataque. Ento uma investigao justamente sobre ataques terroristas. Conseguimos os mandados junto ao Poder Judicirio, num trabalho silencioso, discreto, que no criou nenhum pnico na populao. Foi uma operao que impediu que um mal muito maior fosse executado”, defendeu o secretrio.

De acordo com Curi, o chefe da organizao aliciava preferencialmente menores de idade. A investigao concluiu que o grupo atraa os jovens com discurso de dio, automutilao, pedofilia e contedos violentos.

O secretrio revelou ainda que o objetivo dos membros do grupo era obter notoriedade em redes sociais a partir dos atentados. Os envolvidos estariam em plataformas digitais, promovendo a radicalizao contra crianas, adolescentes e o pblico LGBTQIA+.

Morte ao vivo
Um dos mandados de busca e apreenso ocorreu contra um homem de 44 anos, morador de Maca. O suspeito anunciou pela internet que mataria uma criana e transmitiria o ato ao vivo durante o show de Gaga, em retaliao. Porm a PCERJ declarou que, preliminarmente, ele no teria relao com o grupo que planejava os ataques com bombas em Copacabana.

De acordo com a delegada Maria Luiza Machado, da 19 DP, uma das coordenadoras da operao, o homem est sendo investigado por incitao ao crime e terrorismo.

Arma e pedofilia
Nos endereos, segundo a polcia, foram apreendidos celulares, notebooks, videogames e outros dispositivos eletrnicos, que sero enviados percia. Uma arma de fogo tambm foi apreendida com o suspeito preso em Novo Hamburgo e pornografia infantil foi encontrada armazenada em arquivos digitais de um dos menores, morador do Rio de Janeiro. Ele foi apreendido.

De acordo com a Secretaria da Segurana Pblica de So Paulo (SSP-SP), um adolescente de 16 anos, morador de So Vicente, confirmou ser responsvel por perfis que publicavam mensagens de dio identificadas. No entanto, ele negou qualquer envolvimento com ameaas de atentado inclusive relacionadas a Lady Gaga. Ele foi liberado na presena do pai dele.

A identidade do homem permanece mantida sob sigilo, segundo a PCRJ.

2,1 milhes de pessoas
No show gratuito na noite de sbado, Lady Gaga reuniu 2,1 milhes de pessoas na Praia de Copacabana, e foi um dos maiores eventos j realizados na orla carioca, segundo o governo do Rio. O esquema de segurana montado para a apresentao mobilizou aproximadamente 3,3 mil policiais militares e resultou na apreenso de 251 objetos perfurocortantes em diversos pontos de revista instalados nas imediaes do evento.

A operao
A operao foi nomeada de "fake monster" em aluso ao apelido dado aos fs de Lady Gaga, chamados de "little monster" ou monstrinhos.

Alm dos alvos no RS, foram cumpridos mandados em: Rio de Janeiro, Niteri, Duque de Caxias e Maca, no estado do RJ; Cotia, So Vicente e Vargem Grande Paulista, em So Paulo; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso.

Fonte: Correio do Povo.

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